domingo, 29 de novembro de 2009

Inter vira sobre o Sport e precisa da ajuda do Grêmio para ser campeão


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Alecssandro disputa bola no ataque Internacional

Enquanto há vida, há esperança. Neste domingo, oInter precisou sofrer como há anos não sofria para vencer o rebaixado Sport por 2 a 1 na Ilha do Retiro, com gol de falta de Andrezinho, e seguir com condições matemáticas de sercampeão brasileiro. Dos resultados paralelos, faltou o tropeço do Flamengo. Os cariocas venceram o Corinthians e têm o título nas mãos. Detalhe: o Colorado, para ser campeão, conta com a ajuda de seu maior rival, oGrêmio, adversário do Flamengo, no Maracanã, na última rodada.

Com o resultado, o Inter fecha a rodada na vice-liderança, dois pontos atrás do Flamengo. Se vencer o Santo André na última rodada, no Beira-Rio, o Colorado precisa de um empate dos cariocas com o Grêmio para ser campeão brasileiro após 30 anos. A vaga na Libertadores está praticamente garantida graças a uma diferença de 14 gols de saldo entre os gaúchos e o Cruzeiro, quinto colocado.
O jogo foi de extrema tensão. Muito mal no primeiro tempo, o Inter saiu perdendo e virou na etapa final, com Kleber e Andrezinho.

Perdido, Inter larga atrás no primeiro tempo

Era de se esperar um primeiro tempo de D’Alessandro, Alecsandro, Guiñazu, Kleber. Mas foi de Vandinho, Wilson, Fininho, Fabiano. O Inter passou a semana falando em ser campeão. E foi a campo para uma etapa inicial que beirou o ridículo. Não jogou nada. Parecia que o Colorado era o time matematicamente rebaixado, sem nada a fazer no Brasileirão, não o Sport.

O Leão saiu na frente. E foi justo, assim como seria justo se tivesse feito outros mais. O time de Mário Sérgio esteve perdido. O lado esquerdo defensivo foi uma avenida dedicada à passagem de Wilson. D’Alessandro se deu bem em todos os dribles que tentou. E errou todos os passes na sequência. Giuliano e Marquinhos correram, tentaram criar, lutaram para auxiliar Alecsandro. Mas não conseguiram. Sandro, inexplicavelmente mais avançado do Guiñazu, perdeu sua função natural.

E o Sport foi guerreiro. Convivendo com a dor do rebaixamento, desfalcado de uma penca de jogadores, não se furtou a correr. O domínio no primeiro tempo foi dos pernambucanos. Desde o início da partida, estava escrito que o Leão faria um gol.

O Inter até teve chances. Alecsandro tentou duas vezes no início do jogo. Errou ambas. D’Alessandro foi outro a arriscar chutes de longe, mas sem sucesso. A principal chance foi aos 34 minutos. Magrão buscou cabeceio de Alecsandro. Marquinhos, no rebote, não conseguiu concluir.

Conforme passava o tempo, mais o Inter se atirava ao ataque, e mais o Sport ficava perto do gol. O time da casa sempre foi ameaçador. O gol, saído aos 40 minutos, não foi surpresa. Fininho mandou na área, a zaga comeu mosca, César desviou e Vandinho completou. Os jogadores do Inter ficaram estáticos, boquiabertos com o que estava acontecendo, enquanto os rubro-negros comemoravam.

E o Colorado ainda piorou ao levar o gol. Logo depois de ser vazado, Lauro fez pênalti visível em Vandinho. O árbitro não deu nada. Wilson ainda perderia gol claro antes de terminar um primeiro tempo trágico para o Inter.

Inter vira

Mário Sérgio percebeu o tamanho do estrago causado pelo primeiro tempo e voltou do intervalo com duas novidades no time. Saíram Danilo Silva e Marquinhos, entraram Glaydson e Edu. A ideia era deixar o time mais ofensivo. Na prática, seguiu o panorama da etapa inicial, com o Colorado atacando e convivendo com o contragolpe rubro-negro como veneno.

A diferença é que o Inter conseguiu fazer o gol. Aos 22 minutos, Kleber recebeu de Giuliano pela esquerda, avançou em diagonal e mandou na saída do goleiro Magrão. Era o empate colorado.

Renasceu a esperança. O Inter não quis saber dos riscos que fatalmente correria: se atirou ao ataque do jeito que deu, em busca de uma vitória essencial. Alecsandro, com 28 minutos, mandou cabeceio no canto esquerdo de Magrão. No momento em que a bola acertou a trave e não quis entrar, o título parecia virar pó. Mas aí apareceu o pé milagroso de Andrezinho. Em cobrança de falta de perfeita, aos 39, ele manteve o Inter na briga. E enquanto há vida, há esperança.

Globo.com

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